sábado, 4 de setembro de 2010

A verdadeira famíla CQC

ATENÇÃO: esse post é antes de tudo uma brincadeira, pode ter graça ou não, mas foi criação de uma das donas do Tas Maniacas.

O termo família geralmente damos aos pais, tios, avós, enfim, parentes e agregados em geral. O fato é que em um dos comentários de Marcelo Tas na bancada ele denominou a equipe toda do CQC de familia e esse termo pegou no twitter entre os fãs clubes, devido a união de ALGUNS deles. 
Em um momento de brincadeira, inventamos o que seria uma 'verdadeira' família CQC.


Marcelo Tas: O pai, aquele que passa a experiencia de vida para os mais novos da familia. Um verdadeiro chefe da casa!

Marco Luque: O filho brincalhão. Aquele menino sapeca que apronta todas e que só falta enlouquecer o pai!


Rafinha Bastos: O filho revoltado. Aquele que tudo fala, sem medo de nada e que muitas vezes é o que mais dá problema.

Felipe Andreoli: O filho comportado, mas que ama pegar uma mulher por aí!


Danilo Gentili: o filho dificil. Por mais que não fale pra fazer, ele sempre faz tudo ao contrário!

 Rafael Cortez: O filho carente, o poeteiro, o músico da familía.


Oscar Filho: O filho caçula, o comportado, aquele menino que toda mãe queria ter. Quietinho, na dele, que só faz o que é de sua obrigação!

Monica Iozzi: A única filha. Delicada, mas que na hora de mostrar do que uma garota é capaz, ela faz isso muito bem! 

 
Palmirinha: A musa do Top Five e a partir do programa CQC112 se tornou a Mama desses meninos. Afinal, tirando a Hebe e a Ana Maria Braga, não é qualquer uma que chega nessa idade com essa simpatia e bom humor. Acho que nem a Ana Maria Braga e a Hebe conseguiram chegar nisso né?!


E por ultimo e não menos importante, os produtores: que na familia fazem o papel dos tios, agregados e afins!

Eis, nossa família CQC. Ou o que seria na nossa visão, uma verdadeira família CQC!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Coluna do Marcelo Tas na Crescer do mês de setembro

Pai Laboratório


 Tio maluco, animal em extinção!

Há um personagem fundamental, pouco valorizado na educação das crianças: O tio maluco. Nessa era do assustador politicamente correto, o tio maluco merece carinho especial e ser protegido da extinção como um mico-leão-dourado.
A função básica do tio maluco é nos salvar da proteção excessiva dos pais, figuras que estão no mundo com a missão de deixar as coisas mais limpinhas e bonitas do que de fato são.
Se os pais funcionam como um Photoshop da verdade - um programa de computador que deixa os políticos e as meninas da revista "bem na foto", os tios malucos são os grafiteiros da realidade, os caras que nos guiam pelos vídeos emocionantes e quase sempre esburacados da vida como ela é.
Toda vez que o universo conspira para que eu exerça o papel de tio maluco, me atiro à função sagrada com devoção, respeito e disciplina de bailarina russa.
Na virada de 2000 para 2001, passei duas semanas rodando pela Califórnia dentro de uma van alugada com mais 5 mulheres! Não era um reality show, mas parecia. Eu era o motorista. As cinco passageiras eram minha mulher e minha filha, mais uma amiga e as duas filhas dela. O marido ficara no Brasil. Tal casal significava, e ainda significa, para mim o que se chama no popular de "compadres". E mais: Eu também era oficialmente, e ainda sou, o padrinho de Maria, a filha mais nova deles, na época no auge dos seus 5 anos.
Deixamos Los Angeles em direção à uma floresta de sequoias, as árvores mais altas e antigas do mundo. De lá partimos para o parque Yosemite. Em seguida para uma estação de esqui sobre as Montanhas Rochosas...A cada dia nos lançávamos na estrada sem compromisso em busca de algum divertimento e um lugar para passar a noite. Dentro da van, me especializei em destrinchar mapas e provocar Maria com piadas absurdas e histórias escatológicas. Coisa de tio maluco.
A história predileta dela era uma em que eu não pude controlar uma dor de barriga e fiz cocô nas calças. Claro que, especialmente para Maria, inventei cenas extras com direito a jatos marrons que saíam das minhas calças tingindo paredes brancas de uma suposta sala do meu colégio. Ela se contorcia no banco do carro de tanto rir. A história nem bem acabava e ela, gargalhando, implorava: De novo, conta de novo!
De repente, provavelmente cansada de tanto brincar, ela interrompeu a minha narrativa com um palavrão de gente grande. A mãe até acordou de susto. Todos começaram a admoestá-la pela falta de educação. Imediatamente, saí do personagem e, seriamente assumi a defesa, solene como um advogado no tribunal do júri:
- Maria tem toda razão. Eu é que errei. Prometo que nunca mais vou aborrecê-la com minhas histórias bestas, a não ser que ela peça. Tá bom assim, Maria?
- Tá bom, concordou ela sem muita convicção.
No dia seguinte, de volta à estrada, havia uma expectativa no ar. Passei a falar apenas coisas sensatas. A viagem foi ficando maçantee os passageiros cairam no sono. Menos Maria, que permanecia inquieta, sempre atenta no seu posto de observadora aguda do mundo. Alguns longos minutos depois o silêncio é quebrado pelo sotaque delicioso da carioca serelepe de 5 anos:
- Tio Marcelo, conta um história beeem nojenta!
Muitos pais, erroneamente, torcem o nariz para o tio maluco, Talvez por desconhecerem que se trata de figura tão abençoada quanto necessária para a saúde mental dos filhos deles. Aproveito para agradecer: tio Valdemar, tia Marley, tio Zé, tio Joaquim, tio Pedrinho...Obrigado queridos tios malucos, vocês foram fundamentais na minha vida!

Marcelo Tas
Fonte- Revista Crescer

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não vamos chutar o balde após liminar, diz Marcelo Tas

O humor venceu, pelo menos por enquanto. Uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) retira o veto a piadas com políticos nas eleições, mas, para o apresentador do humorístico CQC, Marcelo Tas, ainda não é hora de "chutar o balde".
- É igual a quando você quebra o braço. Tiraram o gesso, mas você não sai dando soco com o braço que ainda está todo magrinho - justifica.
Uma decisão do ministro do STF, Carlos Ayres Britto, invalida parte da Lei 9.504/97, que proíbe "usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito". A medida foi sentida como uma ameaça pelos programas de humor nas eleições.
A liminar passou a valer quinta-feira (26), mas, para a decisão ser definitiva, ainda tem de ser referendada em plenário no STF.
Tas considera a atuação do ministro Ayres Britto "um alívio", mas acredita que a lei eleitoral criou uma "paranoia" nas emissoras de rádio e TV que não deve desaparecer tão facilmente.
- Eu participei de cobertura das Diretas Já, por exemplo. Nunca tive sobre a minha cabeça uma multa de R$ 150 mil e alguém que fala assim: "Cara, a emissora pode sair do ar se vocês fizerem esse tipo de coisa"... É claro que a gente teve essa conversa lá dentro da Rede Bandeirantes, emissora do CQC, como eu sei que nas outras emissoras aconteceu a mesma coisa. Isso gera um clima de intimidação.
Sobre o primeiro programa que vai ao ar depois da liminar, na noite desta segunda (30), Tas diz que não haverá "retaliação". Uma das principais marcas do programa - cartuns e efeitos aplicados sobre a imagem de um entrevistado - foram aposentados na cobertura de eleições.
- Os nossos cartunistas eletrônicos estavam sem poder trabalhar e, evidentemente, agora a gente vai poder ir voltando a cobrir política.

Leia a entrevista na íntegra.

Terra Magazine - Como você recebeu a notícia da liminar concedida pelo ministro que muda a aplicação da lei eleitoral para os humoristas?

Marcelo Tas - Eu recebi com alguma esperança, porque bom senso no Brasil é triste, mas a gente tem que comemorar quando surge alguém com a sensatez do ministro Ayres Britto. Eu estava me sentindo envergonhado como brasileiro com as matérias que estavam saindo pelo mundo. Então recebi com alívio e espero não ter que passar esse mico daqui a algumas décadas ou daqui a alguns anos de novo.

Essa decisão ainda vai passar pelo plenário do STF, você acha que pode ser aprovada mesmo?

Eu espero que sim, né? Porque para mim o lado bonito disso é que houve uma movimentação. Uma movimentação inclusive de seres sem nenhuma importância que são os comediantes (risos) e que resultou num respeito à Constituição. Está assegurada a liberdade de expressão, mas quando entram no jogo os políticos, principalmente os políticos que não nos representam, pessoas que tem dificuldade de explicar o seu passado, tudo é possível. Como sempre, no Brasil, tudo é possível. Eu sou um rapaz que sofro deste mal do otimismo. Eu quero crer que o ministro Ayres inspire o Supremo para sepultar de vez uma coisa que ainda existe no Brasil que é o controle da expressão.

 Na decisão, o ministro Ayres Britto considerou a medida como uma censura prévia. É essa a sua opinião?

É uma censura prévia, mais que isso é um estado de paranoia e de intimidação. E aí eu posso te falar da minha experiência de estar dentro de uma emissora de televisão que é responsável e que quer seguir a lei. Ela acaba sofrendo uma intimidação de uma multa totalmente desproporcional. É só você olhar para a multa do presidente Lula e a multa dos palhaços. A multa do presidente é R$ 1 mil ou R$ 5 mil e a multa dos palhaços é R$ 150 mil. Estão dando mais importância para os palhaços que para o presidente da República.

O CQC suspendeu aqueles efeitos especiais que viraram uma marca do programa nas entrevistas. Com essa decisão, o CQC já vai ter isso de volta?

O CQC não tem nenhum interesse, diante dessa liminar, de sair chutando o balde. Nós estamos, na verdade, muito honrados e felizes de ter participado desse movimento, que foi apartidário, foi ligado a mais de uma emissora, a vários gêneros do humor. O CQC não quer fazer retaliação ou chutar o balde. Mas os nossos cartunistas eletrônicos estavam sem poder trabalhar e, evidentemente, agora a gente vai poder ir voltando a cobrir política. Principalmente sem a paranoia e a intimidação. Isso é o que eu acho mais grave. Uma emissora séria corre o risco de ser multada e sair do ar. É claro que a gente teve essa conversa lá dentro da TV Bandeirantes, emissora do CQC como eu sei que nas outras emissoras aconteceu a mesma coisa. Isso gera um clima de intimidação que não combina com o século XXI.

Isso ainda é uma coisa a ser discutida, então? A paranoia acabou?

É. A paranoia vai começar a se dispersar, eu diria. Não é que acabou. Uma intimidação é algo muito crônico. Quem já sofreu censura, quem já viveu sob a ditadura, sabe disso. Você demora um tempo para cicatrizar aquele jeito estúpido a que você estava limitado. É igual a quando você quebra o braço. Você fica com o braço enfaixado. O que aconteceu agora é que tiraram o gesso, mas você não sai dando soco com o braço que ainda está todo magrinho. É um grande alívio, acho que a gente tem que comemorar, sim. Uma coisa muito importante é que a sociedade perceba que precisa reivindicar. Quando você reivindica, você corre o risco até de ser ouvido.

Você falou de viver sob a ditadura. A sua experiência de agora foi parecida?

Foi pior! Porque eu tenho já uma certa idade, eu participei de cobertura das Diretas Já, por exemplo. Nunca tive sobre a minha cabeça uma multa de R$ 150 mil e alguém que fala assim: "cara, a emissora pode sair do ar se vocês fizerem esse tipo de coisa". Isso eu nunca vivi quando eu cobri, sei lá, as primeiras eleições. Aquela eleição do Fernando Henrique Cardoso aqui em São Paulo com o Jânio Quadros, que foi uma que eu participei na Record. Ao vivo, inclusive. Entrevistei o Fernando Henrique no café da manhã ao vivo, ele e dona Ruth. Não havia esse tipo de intimidação. É triste dizer isso, mas quem estava no governo era o Figueiredo, eram esses caras. Dessa vez, aparece essa regra que eu tenho absoluta certeza que é do interesse de algumas pessoas que estão no poder como o Sr. Sarney. Esse pessoal que é coronel. Para eles, é interessante manter esse pessoal sob controle, como eles fazem nos seus Estados de origem.

Para encerrar, uma mudança de assunto. O candidato a reeleição, deputado João Dado (PDT -SP) diz no horário eleitoral que foi "aprovado duas vezes pelo CQC". O que você achou disso?

É de um oportunismo que para mim indica aos eleitores que tiverem a intenção de votar nele que não votem. É isso que eu sugiro. Porque de nossa parte a gente não aprovou ninguém. Ele está se referindo ao nosso quadro Controle de Qualidade - no quadro, os deputados respondem sobre perguntas de atualidades, Dado acertou as duas perguntas feitas a ele. Se ele se acha aprovado porque ele trabalhou corretamente, ele não fez mais que a obrigação. Pelo oportunismo, eu sugiro que os eleitores não votem nele. Eu não gosto de oportunismo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Trecho de uma entrevista de 7 anos atrás, cedida por Marcelo Tas

Trecho da entrevista ao World Tennis que Marcelo Tas deu há quase 7 anos atrás!


Jogo rápido!

Nome: Marcelo Tristão Athayde de Souza

Idade: Na época 42 anos, hoje 50!

Mania: Ouço rádio o dia inteiro. Assisto corridas de F1, escutando a transmissão da rádio

Medo: Da solidão, é o maior medo que existe.

Supertisção: Quando entro em um lugar onde nunca estive, coloco o pé direito na frente. 

Fato marcante: ser reconhecido por uma criança, um região distante, três dias de viagens da cidade de Tefé, no estado do Amazonas! Ele lembrou de mim por causa do "Castelo Ra-Tim-Bum"

Melhor trabalho: O espetáculo: " Zap, o resumo da ópera"

Apresentador: Jô Soares

Programa de Tv: Casseta & Planeta

Lugar para se distrair: Galeria do Rock, na rua 24 de maio, São Paulo

Dia de Stress: quando preciso tomar dois comprimidos de Tylenol 

Um dia de sussego: Quando estou em São Bento do Sapucaí (SP)

Livro: " As consolações da filosofia" de Alan de Botton

Filme: Cidade de Deus

Peça de teatro: Qualquer uma do Pedro Cardoso

Lição de vida: Meu trabalho no Jardim Ângela

Conquista: Completar 20 anos na Tv. Nunca pensei que fosse passar tanto tempo em televisão

Derrota: Quando perco a paciência. O que não acontece muito.

Música: O verdadeiro funk 

Comida: Massa com cogumelos

Lugar no mundo: Barcelona

O que ainda não fez na vida: Aprender a Surfar e ir até uma estação espacial

Sites que visita: Da Embrapa (www.cnpm.embrapa.br ) para ver todo o Brasil por meio de imagens de satélites; da Rádio1 da BBC de Londres ( http://www.bbc.co.uk/radio1) que toca todos os suingues que possa imaginar e também os diversos blogs que estão por aí. 


Como disse no inicio do post,  essa entrevista foi dada há 7 anos atrás. Marcelo Tas ainda apresentava o programa ''Vitrine'' na Tv Cultura. Algumas coisas podem ter mudado, exceto o medo que continua o mesmo, segundo o que ele disse a apresentadora Adriane Galisteu em seu programa, o 'Toda Sexta'!

EXCLUSIVIDADE DO BLOG



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