sábado, 26 de junho de 2010

No clima de Copa do Mundo


Ernesto Varela, Professor Tiburcio, Telekid... Ele Fez sucesso interpretando vários personagens em diferentes programas de televisão. Mas atualmente a história é outra. Ele aparece como Marcelo Tas mesmo e divide com o público do programa CQC suas opiniões sobre politica, comportamento, celebridades e, claro, futebol!
Como Tas é ligadíssimo no mundo tecnológico, esta entrevista não poderia ter começado de outro jeito- um convite feito pelo twitter e perguntas respondidas por email. Veja aqui o que ele tem a dizer sobre o assunto do momento, a Copa do Mundo. Será que ele está feliz com a seleção do Dunga?! Confira!

1- O que acha da seleção Brasileira escalada pelo técnico Dunga?!
 Respeito o estilão do Dunga, só que o time dele tem um defeitinho perigoso: não tem lider dentro de campo. Como eu disse no meu twitter: muitos volantes, mas ninguém na direção.

2- Você faria alguma alteração no time?!
Não sei se faria muitas alterações. Ele teve muito tempo para formar um lider. Não o fez por incompetência ou porque não acha isso importante. Em ambos os casos, uma falha que pode nos custar caro.

3- Você como um bom torcedor do Santos, o que achou do Dunga não ter convocado o Ganso e o Neymar?!
Penso que o Ganso deveria ter sido levado para a Copa. Não para ser o lider que falta dentro de campo, evidentemente. O cara tem apenas 20 anos. Mas porque é o melhor jogador brasileiro da atualidade. Já o Neymar pode esperar sua vez, que , se ele não ficar mascarado demais, ela virá.

4- Vai assistir a algum dos jogos na África do Sul?!
Vou ver daqui do Brasil, não tenho muito apetite pra ver Copa do Mundo in loco. Já estive em algumas. É legal no começo, depois você fica refém de um assunto só durante 45 dias. Não é bolinho!

5- Como será a Cobertura do CQC deste mundial?! Prepararam alguma ação especial?!
Sim, enviamos duas equipes. Vamos, como sempre, mostrar os fatos com humor e ironia. Teremos entradas ao vivo do Felipe Andreoli e Rafael Cortez nas transmissões de segunda, só para obrigá-los a ficar acordados até alta madrugada trabalhando.

♦ Rapidinhas

Seleção Brasileira: "Não há como não se envolver e vibrar junto com 190 milhões de pessoas grudadas na bola"

Copa 2O1O :  "Espero que tenhamos novidades na transmissão da Tv. O futebol é um dos poucos esportes em que a transmissão não mudou muito nos ultimos 40 anos"

Santos: " Tenho a alegria de torcer para um time que é eternamente moleque"

Pelé: "É um mito indiscutível e uma pessoa extremamente simples e gentil. Fãzaço desde criancinha, quando o via treinar na Vila Belmiro, em Santos"

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Palestra de Marcelo Tas é interrompida em BH


Tem pessoas que parece que faltam um parafuso na mente só pode, porque na noite de ontem, Marcelo Tas enquanto dava a sua palestra em BH foi interrompido pela equipe do Legendários o que acabou atrapalhando de certa forma a continuação do evento. Tas mostrou elegancia, educação e seriedade ao conversar com o integrante do programa, mas mostrou principalmente que CQC e Legendários não precisam se misturar. Ou seja, cada um no seu quadrado, sem contar que o integrante do Legendários ainda saiu no lucro, já que Tas na educação que dona Shirley deu a ele foi carinhoso ao cumprimentar o dito cujo sem noção.

Confira o video logo abaixo:

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vocês entrevistam Marcelo Tas



Marcelo Tas sempre esteve tão perto de nós, mais até do que imaginamos e com isso, nós do Fã Clube Tas maniacas tivemos a idéia de fazer uma entrevista com ele, com perguntas enviadas por vocês via twitter ou até mesmo email, como preferirem.
Vai funcionar assim
Quem quiser participar mande um reply com a pergunta para o @FC_TasManiacas ou envie para o email tasmaniacas@hotmail.com com o nome e a cidade.
Entrei já em contato com ele via twitter e ele aceitou a proposta. Agora é com vocês a parte das perguntas que enviarei à ele por email no dia 29/06, depois de selecionadas!

As perguntas podem ser curiosidades que vocês tem sobre ele e tudo mais. Uma espécie de o Povo quer saber virtual, entenderam?! Só não exagerem no conteudo das perguntas e não abusem... Já que respeito é a base de tudo.

Suerte e abusem e usem da criatividade e curiosidade de vocês para elaborarem as perguntas para Marcelo Tas






Equipe FC Tas maniacas

terça-feira, 22 de junho de 2010

Marcelo Tas responde a "CQTeste" do Terra

Aproveitando a presença de Marcelo Tas no Terra, resolvemos transformá-lo em personagem de seu próprio programa. Fizemos um pequeno CQTeste, quadro do CQC, com o próprio apresentador.
Preparamos perguntas sobre cinema, TV, internet, comida, celebridades e futebol. O apresentador acertou somente uma delas, mas nos convenceu com suas justificativas.

Confira o resultado:

Qual o nome inteiro do (goleiro) Aranha Negra?
(pensativo) Waldmyr Yashin!
Resposta correta: Lev Yashin.

O que é Trend Topics?
Ué? TT, trend topics? São os assuntos mais comentados do Twitter!

Quantos filhos adotivos têm Angelina Jolie?
Pô! Aí tem que chutar... Oito! Só sei que são mais de cinco.
Resposta correta: Angelina tem seis filhos, mas somente três foram adotados.

Quem ganhou o Oscar de melhor Curta-Metragem em 2010?
(pensativo) Não sei! Eu estava assistindo, mas o curta metragem eu não registro. Não tem espaço para tudo isso na minha cabeça.
Resposta correta: The New Tenants

Qual o nome da garota de programa que namora Jorge em 'Viver a Vida'?
Eu parei de gravar o assunto 'garota de programa' (risos). Prefiro não me pronunciar. Nunca vi essa novela, alías, não assisto novela. Não tenho a menor ideia de quem é o protagonista dela, assim como não sei quem foram os protagonistas de A Favorita ou Caminho das Índias.
Resposta correta: o nome da garota é Myrna, interpretada por Aline Fanju.

Qual foi o último participante eliminado do BBB?
O Big Brother é outro programa que eu assisto diagonalmente. Dou uma olhada para saber por que as pessoas estão assistindo. Não tenho preconceito, mas não tenho a menor ideia de quem foi o último eliminado. Sei que tem vários gays, o Dicesar, o Serginho. É mais legal ver o que as pessoas estão falando do que o próprio programa. Eu acompanho, por exemplo, o Hugo Gloss no Twitter. É mais legal ele comentando do que o próprio programa. Acho muito deselegante um homem de sunga enquanto estou jantando. Não consigo ver.
Resposta correta: Michel, que foi o 10º eliminado do reality em 2010.

Bacalhau é peixe?
Claro que sim! (risos) Sem cabeça, mas é.
Resposta correta: Bacalhau não é um peixe, mas sim um modo de conservar e preparar alguns tipos de peixe, como as espécies Gadus, Saithe e Ling.

"A TV faz uma 'photoshopização' do mundo", diz Marcelo Tas


Quando está à frente da bancada do CQC, Marcelo Tas se comporta com uma inquietação quase adolescente. Rabisca papéis o tempo inteiro, brinca com os outros apresentadores e, às vezes, chega a atropelá-los para tomar a palavra. Fora dos estúdios, o jornalista de 50 anos conserva o mesmo humor ácido que caracteriza os homens de preto do programa da Band. Mas fala com uma paciência e serenidade que chegam a destoar da mente inquieta que, ao longo dos últimos 27 anos, ocupou uma posição de vanguarda na TV brasileira. Seja como o abusado repórter Ernesto Varela do 23ª Hora em 1983, o categórico Professor Tibúrcio de Rá-Tim-Bum, em 1990, ou o atual cabeça do CQC, Tas se empolga com o trabalho realizado para diferentes gerações de telespectadores. "Uma das vantagens de ficar velho é ter uma visão em perspectiva do que você já fez. Minha maior alegria é perceber que todos meus trabalhos têm um caráter pedagógico. Até mesmo essa experiência mais espírito de porco que é o CQC", analisou, aos risos.
Há três anos no comando do programa da Band, Tas se orgulha de chacoalhar o jornalismo e o humor da TV brasileira com as pautas irreverentes do CQC. E é enfático ao apontar a falta de ousadia como o principal problema das demais produções atuais. "A TV faz uma 'photoshopização' do mundo. Tudo é limpinho, bonitinho, sem nenhuma surpresa. É uma tendência que precisa ser combatida diariamente", argumentou.


O CQC é quase uma experiência em larga escala do que você fazia como o repórter Ernesto Varela no início dos anos 80. Mas, na verdade, o programa é baseado em um formato argentino criado na década de 90. Como você encara isso?

É uma feliz coincidência. Eu diria que o formato argentino expande o DNA do Varela. O CQC tem uma edição muito mais cuidadosa, é exibido ao vivo em rede nacional e dispõe de uma equipe infinitamente maior. Sem contar que apresentar um programa ao vivo durante quase duas horas é algo inédito para mim. No início, o Varela era feito comigo e o Fernando Meirelles, que era o câmera Valdeci. Depois a proposta foi se ampliando com o resto da equipe da produtora Olhar Eletrônico. Mas não instruo os meninos a seguirem meu exemplo com o Varela. Existe um espaço que cada um cobre do seu jeito.

O povo brasileiro costuma ser caracterizado pelo bom humor. Foi necessário recorrer a um formato estrangeiro para trazer essa irreverência ao jornalismo?

Isso é bastante significativo. O fato de uma emissora comprar formatos é uma maneira de usar algo que deu certo em outro lugar. Mas não é um processo automático. Já tentaram levar o programa para alguns países e não funcionou. Não é como uma franquia de um McDonald's, que é igual em todo lugar. Você está lidando com o imponderável. O poder reage diferente em cada lugar e não tem receita para criar um humor com a nossa cara. Aí que entra o nosso mérito. Eu acredito na ousadia há muito tempo e venho fazendo isso nos meus trabalhos. Fico feliz com o sucesso do CQC no Brasil porque serve como um sinal de que o público aprecia um outro tipo de fazer jornalismo, mais voltado para o humor.

Na época da ditadura, você tinha de lidar com a censura nas matérias de política. Ficou mais fácil agora?

Vou dizer algo muito grave. Na ditadura, eu tinha mais liberdade do que a gente tem hoje no CQC de gravar no Congresso Nacional. É uma vergonha para a democracia brasileira. No Congresso existe atualmente a Polícia do Senado, que agride pessoas e impede o acesso às autoridades. Os políticos, alguns até que lutaram pela democracia, vivem blindados. O Genuíno é um exemplo clássico. Um cara que eu entrevistei muito como o Varela e que não fala com o CQC porque é um programa de humor. E o Varela não era de humor? Ele exerce a censura ou a omissão tanto quanto o General Figueiredo, que também não falava com ninguém, mas não era hipócrita de dizer que era democrático.

Até que ponto a irreverência não atrapalha a credibilidade do programa?

Aqui no Brasil é engraçado porque se coloca o humor como uma espécie de defeito de caráter. É um preconceito absurdo. A gente não está habituado a falar abertamente sobre as coisas. Quando você usa o humor, perde o controle daquele discurso quadrado. Essa é a grande virtude de misturar jornalismo e humor. Se você pega exemplos de democracia como Inglaterra e Estados Unidos, as autoridades se expõem. Até a rainha da Inglaterra permite ser criticada, caricaturada. O Obama fala com as pessoas que fazem ironia com relação ao poder. Eles conseguem se comunicar muito bem com isso, coisa que poucos políticos nossos sabem fazer.

Mas ao longo desse tempo questionando autoridades você deve ter esbarrado na censura dentro dos próprios meio de comunicação...

Uma coisa que aprendi é que todo projeto tem um limite e eles devem ser conhecidos e conversados antes de mais nada. Uma das chaves do CQC é que isso foi muito bem tratado com a Band. Aliás, isso é um aspecto muito pouco creditado. Se nós não tivéssemos o apoio editorial da emissora, não existiria o programa. Não consigo imaginar o CQC em outro canal. O programa fala de problemas gravíssimos, colocando em xeque várias instituições. Isso movimenta um nível de poder bastante importante. Lá a gente tem agilidade para resolver esse tipo de pepino.

Você já declarou que a TV atualmente pode ser assistida sem som e disse ser adepto dessa prática. Como fica o CQC nessa história?

Isso vale para o CQC também. Acho que hoje a gente recebe tanta informação que tem de usar filtros. Um deles é esse. Não quero dizer para as pessoas pararem de ver TV. Mas não acredito que ficar vendo qualquer coisa a qualquer hora faça bem para a saúde. Prefiro que a pessoa tenha um filtro com relação ao CQC, que possa criticar e eventualmente até tirar o som, do que ficar assistindo ao programa como se estivesse diante de um abajur. Não quero que veja qualquer assunto ou quadro como se fosse tudo a mesma coisa.

Além da experiência com o público adulto e adolescente, você fez sucesso com programas infantis, como Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum, que é exibido até hoje. A que você credita todo esse tempo no ar?

Aposta na qualidade. O Rá-Tim-Bum foi um programa que botou a barrinha da escala de qualidade lá no alto. Foi muito difícil. A gente tinha muitos objetivos pedagógicos. Uma pressão grande porque os modelos eram muito arcaicos, como o programa da Xuxa, com aquela baboseira daquelas loirinhas todas, uma imitando a outra. Aí a gente resolveu criar um programa totalmente inusitado, que apostava em conteúdo e era ousado. O prêmio é esse: a memória fica até hoje. As crianças que estão nascendo vêem reprise e gostam. Imagina a reação das crianças que assistem a uma reprise da Xuxa em 1990?

Mas o programa chegou a gerar um certo estranhamento na época...

Muito! O professor Tibúrcio por pouco não foi "limado" do programa. As críticas eram de que ele poderia deturpar a imagem do professor. Que ele era muito agressivo e poderia causar medo nas crianças, o que de fato aconteceu. Ele foi um dos últimos personagens aprovados no projeto. Até porque eu esqueci de criar um quadro em que eu participasse como ator. Até que o Fernando (Meirelles) chegou e me falou que eu acabaria ficando de fora se não criasse alguma coisa logo. Foi aí que o professor nasceu, aos 45 do segundo tempo.

Você gosta de investir em projetos ousados. Na época em que trabalhou na Globo, havia liberdade nesse sentido?

Já entrei e saí três vezes da Globo e a maioria dos programas que fiz lá foram muito bem sucedidos porque os limites foram entendidos antes de botar em prática. Com exceção do Fora do Ar, que é um programa que profeticamente nunca foi ao ar e que já era uma espécie de CQC. Participei do Video Show nos anos 80, da criação do Casseta & Planeta, do Programa Legal e do Fora do Ar nos anos 90. Hoje fico muito orgulhoso de ter participado do projeto do Fora do Ar, mas confesso que na época fiquei frustrado pelo programa não ser exibido. Fizemos um piloto e decidiu-se que não iria continuar. Peguei meu bonezinho e fui embora. Percebi que não haveria espaço para esse tipo de experiência na Globo, e eu estava lá para fazer isso.

Você tem sido inovador na TV desde a época do Varela. O que o CQC representa nesse histórico?

Acredito que seja uma agulhada na acomodação. Tanto no humor quanto no jornalismo da TV brasileira. Ele despertou em alguns colegas jornalistas, por exemplo, a vontade de fazer algumas matérias mais atrevidas, de arriscar nos formatos. Ouço isso até de profissionais de outras emissoras. E nos humoristas a mesma coisa. Tenho a alegria de receber o retorno de pessoas que admiro demais. Acredito que a gente dá uma contribuição que não é a revolução final da TV brasileira, mas que, sem dúvida, é importante.

Múltiplas funções

Apesar de fazer sucesso como apresentador e com os personagens marcantes que viveu na TV, Marcelo Tas também acumula um currículo rico por trás das câmaras. E ele destaca a experiência de 10 anos como diretor de criação do Telecurso 2000, da Globo, como uma das mais importantes que já teve. "Foi o maior projeto de TV que eu fiz e, sem dúvida, uma das experiências mais felizes da minha vida", empolgou-se o jornalista, que esteve à frente de quase dois mil programas coordenando uma equipe de 14 roteiristas.
Marcelo lamenta que outras iniciativas pedagógicas como o Telecurso não tenham vida longa na TV brasileira. É o caso de Rá-Tim-Bum, exibido de 1989 a 1992 na TV Cultura, que teve de passar por uma série de mudanças para continuar na grade da emissora, sendo exibido atualmente como Castelo Rá-Tim-Bum. "Foi um formato inventado no Brasil que, a meu ver, burramente a TV Cultura não continuou no modelo original. Nos Estados Unidos, quando você cria algo como Vila Sésamo, fica 30 anos fazendo", comparou.

Paixão pela TV

O interesse de Marcelo Tas pela TV começou ainda nos primeiros períodos da faculdade de Engenharia, que ele cursava na USP. Foi nessa época que ele começou a fazer teatro e a trabalhar como editor de um jornal de humor da faculdade. Pouco tempo depois, passou a cursar Jornalismo paralelamente e integrou a equipe da produtora Olhar Eletrônico, com a qual estreou na TV em 1983. "Me realizei plenamente com a TV. É um veículo que eu amo e acredito que ainda tenha um potencial grande a ser explorado", afirmou o jornalista, que chegou a se formar em Engenharia.
Ao contrário do cineasta Fernando Meirelles, que vivia o câmera Valdeci nas reportagens do Ernesto Varela, Tas conta que nunca teve pretensões de investir na carreira cinematográfica. "A diferença entre eu, o Fernando Meirelles e o Tonico Mello é que eles sempre fizeram TV enquanto não viraram cineastas. Não tenho esse sonho e prezo muito a TV", destacou.

Trajetória Televisiva

# 23ª Hora (TV Gazeta, 1983) - Repórter Ernesto Varela.
# Crig-Rá (TV Gazeta, 1984) - Apresentador.
# O Mundo no Ar (TV Manchete, 1986) - Repórter Ernesto Varela.
# Video Show (Globo, 1987) - Apresentador.
# Rá-Tim-Bum (TV Cultura, 1989) - Professor Tibúrcio.
# Netos do Amaral (MTV, 1991) - Ator, roteirista e diretor.
# Programa Legal (Globo, 1991) - Roteirista.
# Castelo Rá-Tim-Bum (TV Cultura, 1994) - Telekid.
# Professsor Planeta (ESPN Brasil, 1995) - Ator, diretor e roteirista.
# Telecurso 2000 (Globo, 1998) - Diretor de criação.
# Vitrine (TV Cultura, 1998) - Apresentador e diretor.
# Saca Rolha (Rede 21, 2006) - Apresentador.
# Plantão do Tas (Cartoon Network, 2010) - Apresentador.
# CQC (Band, 2010) - Apresentador.

Nota


Galera, tem muita gente me perguntando sobre essa declaração de que Marcelo Tas teria tido a visão da propria morte. Todo mundo ficou assustado com essa declaração e de que ele estaria insatisfeito com o CQC, e com isso estão criando idéias que podem até não acontecer, como o fato dele estar pensando em deixar o CQC.
A minha opinião sobre isso é que o Tas sempre gostou de confundir Deus e o mundo e tentar entedê-lo na maioria das vezes é uma tarefa dificil, mas seja como for a visão que ele teve foi apenas uma visão, ou seja, isso não quer dizer que ele vá morrer agora né gente?! Calma. Não digo que fiquei assustada com isso, afinal toda fã tem um pouco de preoucupação com seu ídolo, mas também não me desespero. Sem contar que onde a noticia disso está, não falou mais nada apenas isso, de que ele teria tido a visão de sua morte, o que me leva crer que pode também não ser verdade, já que o próprio Marcelo Tas nada declarou a respeito.

A matéria em que ele supostamente disse que teria tido a visão da morte dele é esta aqui

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Marcelo Tas lista 10 fatos curiosos do Twitter


Em palestra no evento Info@Trends, o jornalista e apresentador de TV Marcelo Tas listou dez fatos curiosos que causaram polêmica no Twitter. Entre eles, estão o sucesso "Cala Boca Galvão" e polêmicas envolvendo a apresentadora Xuxa e a cantora Sandy. Confira a seguir o Top 10 mostrado por Tas.

1 - Cala Boca Galvão

O que começou como um protesto contra o narrador da Rede Globo virou uma pegadinha mundial.

2 - Caso Locaweb

Corinthiano, o ex-diretor comercial da Locaweb, Alex Glikas, foi demitido da empresa após publicar em seu Twitter diversos textos provocando a torcida do São Paulo durante um clássico contra o Corinthians. O tricolor paulista era patrocinado pela Locaweb.

3 - Carro Rosa da FIAT

A FIAT organizou uma campanha no site Formspring.me para promover seus carros. Em resposta a uma pergunta de um internauta sobre a possibilidade de haver um carro rosa, um funcionário da empresa afirmou que rosa "era cor de são-paulino". Essa resposta gerou uma repercussão negativa nas redes sociais

4 - Sandy e o Haiti

Na época do terremoto do Haiti, a cantora Sandy publicou um texto no Twitter em que afirmava que o Brasil tinha muitos problemas e que o Haiti não deveria ser uma prioridade para o governo brasileiro. Segundo Tas, esse foi um exemplo em que a onda do "politicamente correto" acabou crucificando uma pessoa por uma declaração normal.

5 - Thaila Ayala

Também um caso de "perseguição politicamente correta", segundo Tas. Reclamando por ter ficado na primeira fila em um avião, a atriz Thaila Ayala escreveu no Twitter que se sentia mal pois as pessoas olhavam para ela "como se ela fosse paraplégica".

6 - Nizan Guanaes e Bell Marques

O publicitário Nizan Guanaes publicou em seu Twitter que Salvador "era um favelão" e que "parecia a cabeça do Bell Marques: careca e disfarça usando tranças". O cantor do Chiclete com Banana não gostou e processou o publicitário.

7 - Aloísio Mercadante

O senador do PT publicou em seu Twitter que renunciaria ao cargo de líder do partido em caráter irrevogável. Mas, depois de uma reunião com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, voltou atrás.

8 - Defederico fake

Um perfil fake do jogador Matias Defederico, do Corinthians, chegou a dar entrevistas para alguns veículos de comunicação.

9 - Xuxa e Sasha

Irritada com críticas dos internautas sobre um erro de português de sua filha Sasha, a apresentadora Xuxa disse que abandonaria o Twitter e que seus seguidores não mereciam falar com ela.

10 - Chuva de Twix

Uma campanha na internet do chocolate Twix prometia uma chuva de chocolate na Avenida Paulista, em São Paulo. Mas o grande número de pessoas que apareceu no local surpreendeu o anunciante. O resultado foi uma "garoa" de chocolates, que repercutiu muito mal nas redes sociais


domingo, 20 de junho de 2010

Ousadia a todo custo


Quando está à frente da bancada do CQC, Marcelo Tas se comporta com uma inquietação quase adolescente. Rabisca papéis o tempo inteiro, brinca com os outros apresentadores e, às vezes, chega a atropelá-los para tomar a palavra. Fora dos estúdios, o jornalista de 50 anos conserva o mesmo humor ácido que caracteriza os homens de preto do programa da Band. Mas fala com uma paciência e serenidade que chegam a destoar da mente inquieta que, ao longo dos últimos 27 anos, ocupou uma posição de vanguarda na tevê brasileira.

O CQC é quase uma experiência em larga escala do que você fazia como o repórter Ernesto Varela no início dos anos 80. Mas, na verdade, o programa é baseado em um formato argentino criado na década de 90. Como você encara isso?
- É uma feliz coincidência. Eu diria que o formato argentino expande o DNA do Varela. O CQC tem uma edição muito mais cuidadosa, é exibido ao vivo em rede nacional e dispõe de uma equipe infinitamente maior. Sem contar que apresentar um programa ao vivo durante quase duas horas é algo inédito para mim. No início, o Varela era feito comigo e o Fernando Meirelles, que era o câmera Valdeci. Depois a proposta foi se ampliando com o resto da equipe da produtora Olhar Eletrônico. Mas não instruo os meninos a seguirem meu exemplo com o Varela. Existe um espaço que cada um cobre do seu jeito.

O povo brasileiro costuma ser caracterizado pelo bom humor. Foi necessário recorrer a um formato estrangeiro para trazer essa irreverência ao jornalismo?
- Isso é bastante significativo. O fato de uma emissora comprar formatos é uma maneira de usar algo que deu certo em outro lugar. Mas não é um processo automático. Já tentaram levar o programa para alguns países e não funcionou. Não é como uma franquia de um McDonald"s, que é igual em todo lugar. Você está lidando com o imponderável. O poder reage diferente em cada lugar e não tem receita para criar um humor com a nossa cara. Aí que entra o nosso mérito. Eu acredito na ousadia há muito tempo e venho fazendo isso nos meus trabalhos. Fico feliz com o sucesso do "CQC" no Brasil porque serve como um sinal de que o público aprecia um outro tipo de fazer jornalismo, mais voltado para o humor.

Na época da ditadura, você tinha de lidar com a censura nas matérias de política. Ficou mais fácil agora?
- Vou dizer algo muito grave. Na ditadura, eu tinha mais liberdade do que a gente tem hoje no CQC de gravar no Congresso Nacional. É uma vergonha para a democracia brasileira. No Congresso existe atualmente a Polícia do Senado, que agride pessoas e impede o acesso às autoridades. Os políticos, alguns até que lutaram pela democracia, vivem blindados. O Genuíno é um exemplo clássico. Um cara que eu entrevistei muito como o Varela e que não fala com o CQC porque é um programa de humor. E o Varela não era de humor? Ele exerce a censura ou a omissão tanto quanto o General Figueiredo, que também não falava com ninguém, mas não era hipócrita de dizer que era democrático.

Até que ponto a irreverência não atrapalha a credibilidade do programa?
- Aqui no Brasil é engraçado porque se coloca o humor como uma espécie de defeito de caráter. É um preconceito absurdo. A gente não está habituado a falar abertamente sobre as coisas. Quando você usa o humor, perde o controle daquele discurso quadrado. Essa é a grande virtude de misturar jornalismo e humor. Se você pega exemplos de democracia como Inglaterra e Estados Unidos, as autoridades se expõem. Até a rainha da Inglaterra permite ser criticada, caricaturada. O Obama fala com as pessoas que fazem ironia com relação ao poder. Eles conseguem se comunicar muito bem com isso, coisa que poucos políticos nossos sabem fazer.

Mas ao longo desse tempo questionando autoridades você deve ter esbarrado na censura dentro dos próprios meio de comunicação...
- Uma coisa que aprendi é que todo projeto tem um limite e eles devem ser conhecidos e conversados antes de mais nada. Uma das chaves do CQC é que isso foi muito bem tratado com a Band. Aliás, isso é um aspecto muito pouco creditado. Se nós não tivéssemos o apoio editorial da emissora, não existiria o programa. Não consigo imaginar o CQC em outro canal. O programa fala de problemas gravíssimos, colocando em xeque várias instituições. Isso movimenta um nível de poder bastante importante. Lá a gente tem agilidade para resolver esse tipo de pepino.

Você já declarou que a tevê atualmente pode ser assistida sem som e disse ser adepto dessa prática. Como fica o CQC nessa história?
- Isso vale para o CQC também. Acho que hoje a gente recebe tanta informação que tem de usar filtros. Um deles é esse. Não quero dizer para as pessoas pararem de ver tevê. Mas não acredito que ficar vendo qualquer coisa a qualquer hora faça bem para a saúde. Prefiro que a pessoa tenha um filtro com relação ao "CQC", que possa criticar e eventualmente até tirar o som, do que ficar assistindo ao programa como se estivesse diante de um abajur. Não quero que veja qualquer assunto ou quadro como se fosse tudo a mesma coisa.

Além da experiência com o público adulto e adolescente, você fez sucesso com programas infantis, como Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum, que é exibido até hoje. A que você credita todo esse tempo no ar?
- Aposta na qualidade. O Rá-Tim-Bum foi um programa que botou a barrinha da escala de qualidade lá no alto. Foi muito difícil. A gente tinha muitos objetivos pedagógicos. Uma pressão grande porque os modelos eram muito arcaicos, como o programa da Xuxa, com aquela baboseira daquelas loirinhas todas, uma imitando a outra. Aí a gente resolveu criar um programa totalmente inusitado, que apostava em conteúdo e era ousado. O prêmio é esse: a memória fica até hoje. As crianças que estão nascendo vêem reprise e gostam. Imagina a reação das crianças que assistem a uma reprise da Xuxa em 1990?

Mas o programa chegou a gerar um certo estranhamento na época...
- Muito! O professor Tibúrcio por pouco não foi "limado" do programa. As críticas eram de que ele poderia deturpar a imagem do professor. Que ele era muito agressivo e poderia causar medo nas crianças, o que de fato aconteceu. Ele foi um dos últimos personagens aprovados no projeto. Até porque eu esqueci de criar um quadro em que eu participasse como ator. Até que o Fernando (Meirelles) chegou e me falou que eu acabaria ficando de fora se não criasse alguma coisa logo. Foi aí que o professor nasceu, aos 45 do segundo tempo.

Você gosta de investir em projetos ousados. Na época em que trabalhou na Globo, havia liberdade nesse sentido?
- Já entrei e saí três vezes da Globo e a maioria dos programas que fiz lá foram muito bem sucedidos porque os limites foram entendidos antes de botar em prática. Com exceção do Fora do Ar, que é um programa que profeticamente nunca foi ao ar e que já era uma espécie de CQC. Participei do Video Show nos anos 80, da criação do Casseta & Planeta, do Programa Legal e do Fora do Ar nos anos 90. Hoje fico muito orgulhoso de ter participado do projeto do Fora do Ar, mas confesso que na época fiquei frustrado pelo programa não ser exibido. Fizemos um piloto e decidiu-se que não iria continuar. Peguei meu bonezinho e fui embora. Percebi que não haveria espaço para esse tipo de experiência na Globo, e eu estava lá para fazer isso.

Você tem sido inovador na tevê desde a época do Varela. O que o CQC representa nesse histórico?
- Acredito que seja uma agulhada na acomodação. Tanto no humor quanto no jornalismo da tevê brasileira. Ele despertou em alguns colegas jornalistas, por exemplo, a vontade de fazer algumas matérias mais atrevidas, de arriscar nos formatos. Ouço isso até de profissionais de outras emissoras. E nos humoristas a mesma coisa. Tenho a alegria de receber o retorno de pessoas que admiro demais. Acredito que a gente dá uma contribuição que não é a revolução final da tevê brasileira, mas que, sem dúvida, é importante.

Marcelo Tas está “insatisfeito” com o CQC


Marcelo Tas passa o dia de olho em seus dois celulares, no Twitter, no blog, e, claro, no “CQC”, da Band. Aos 50 anos, ele se diz “insatisfeito” com o próprio programa. Além do desabafo profissional, fala da família, da visão que teve de sua morte, da experiência com o LSD e de política. Não demonstra empolgação com Dilma Rousseff nem José Serra e ataca duramente José Sarney: “Ele é o verme mais pernicioso da história”. Confira a seguir:

• Você não se desliga do “CQC”?

M. T. - Não (risos). Mas eu só sou acionado nos pepinos mais grossos. Infelizmente, não tenho tanto poder. As equipes têm autonomia.

• O que não lhe agrada no “CQC”?

M. T. - Ah (suspira). Às vezes, o programa peca. O “CQC” é muito homofóbico. Às vezes, tem muito palavrão, muita matéria de celebridade. Eu quero dizer que o “CQC” que vai ao ar não é o “CQC” que eu gostaria de fazer. Seguramente, digo: “A edição final não é a minha.” Sinceramente, se o “CQC” acabar amanhã, eu vou prosseguir feliz. Não tenho apego com as minhas coisas. Tenho apreço pelo professor Tibúrcio, pelo Varela, mas não cultivo saudosismos.

• Você não está feliz no “CQC”?

M. T. - Estou. Mas, na verdade, eu tenho um alto grau de insatisfação. Este ano, estreamos bem e, de repente, demos uma relaxada. Parecia o time do Santos que, às vezes, acha que o jogo está ganho. Até hoje, estou insatisfeito com o “CQC”.

Fonte