sexta-feira, 30 de julho de 2010

“Aqui eu recebo mais do que dou”

Fuçando por aí, achei essa matéria linda sobre o Tas e a casa do Zezinho. Projeto que Marcelo Tas ajuda e divulga sempre e que eu particularmente acho um dos melhores projetos voluntários que este país tem. Confira a matéria:

 Marcelo Tas no evento da Casa do Zezinho com os docinhos de coco Raiane e Ingrid no Parque Santo Antônio

Desde 2002, o apresentador do "CQC" Marcelo Tas atua como voluntário do projeto Casa do Zezinho, que atende em São Paulo a 1,2 mil crianças e adolescentes de uma das regiões mais violentas do país

Por Aurora  Aguiar


Em 2002, quando finalizava um comercial publicitário para uma rede de fast-food, o apresentador do CQC Marcelo Tas foi pego de surpresa por uma das sócias da agência com a seguinte pergunta: “Tas, você poderia me ajudar a fazer um vídeo sobre uma ONG?”
"O.k.", respondeu Tas já pensando: “Vou fazer esse trabalho em dois, três dias, e logo me livro desse pessoal”.
Esse pessoal eram crianças e adolescentes da Casa do Zezinho, moradoras de uma região já considerada pela ONU como uma das mais violentas do mundo.
“Senti o primeiro tranco depois que ouvi as primeiras histórias de vida daquelas pessoas – histórias mais maduras que a minha. Pensei comigo: não podia fazer apenas um videozinho e sair fora”, diz Tas.
Impressionado com que viu, o jornalista imediatamente mudou sua postura.
Ao invés de ir só para dar aquela forcinha, tornou-se um parceiro voluntário da instituição. Há sete anos, ele atua na área de comunicação da Casa do Zezinho, produzindo material audiovisual junto com a Oficina Multimídia. “Eu, que trabalho com imagem, fiquei louco de ver o que se produz aqui”, afirma.
Fundada em 1994 pela pedagoga Dagmar Garroux – que, com o passar do tempo, virou Tia Dag – e seu marido, o artista plástico Saulo Garroux, a Casa do Zezinho está localizada na Zona Sul, periferia de São Paulo.
"Aqui o local é conhecido como o triângulo da morte, formado pelos bairros Jardim Ângela, Capão Redondo e Jardim São Luís, onde se concentram os maiores índices de violência do país”, diz Dagmar.
Para atender a 1,2 mil crianças e adolescentes de 6 a 21 anos, a casa conta com 50 funcionários registrados e 50 voluntários.
A fila de espera por uma vaga chega a 3 mil crianças. Quem consegue uma tem à disposição diversas oficinas, com aulas de música, teatro, informática, gastronomia, cabeleireiro.
A criançada brinca, se diverte e aprende nas quadras poliesportivas, na piscina, no refeitório, na horta, no estúdio de rádio. Além de ajudar na área de comunicação, Marcelo busca recursos de empresas e pessoas que possam apoiar a entidade.
“Está cheio de artistas que têm disponibilidade de doar e que não sabem como ajudar”, diz ele. “Eu me sinto simplesmente vivo e honrado de poder ser esse conector. Aqui, eu não estou sendo bonzinho para os outros. Aqui eu recebo mais do que dou.”
Entre os famosos que desenvolvem algum trabalho na entidade estão os jornalistas Britto Jr. e Sônia Bridi e a apresentadora Sarah Oliveira.
“Para mim, ele não é o Marcelo Tas da televisão. Ele é um grande parceiro. Além do trabalho que faz aqui, ele sempre pergunta se tem mais alguma coisa em que possa ajudar”, afirma Dagmar.
A ONG conseguiu comprar mais duas casas, na mesma rua, para um novo projeto, que atenderá agora aos pequenininhos, de 3 a 6 anos. Serão 500 vagas.


QUER AJUDAR?

CASA DO ZEZINHO
RUA ANÁLIA DOLÁCIO ALBINO, 30 / 77
PARQUE MARIA HELENA
CEP 05854-020 – SÃO PAULO – SP
TELS. (11) 5512-0878 E 5812-4777


Fonte -  Quem

Nenhum comentário:

Postar um comentário