sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A beleza de ser uma eterna aprendiz

Marcelo Tas... Muitos o definem como gênio; outros como louco. Eu, porém, o defino simplesmente como um ser humano, que soube adaptar-se e utilizar-se de seus talentos de maneira invejável.
Discordo de Shakespeare, quando ele disse que “os homens de poucas palavras são os melhores.” Os grandes são aqueles que têm a capacidade de mudar o mundo com o poder da palavra. Que sabem discutir, informar, divertir, tendo como principal instrumento a oratória. O Tas fala, e como fala... fala muito, e bem. Tem o poder de nos capturar, de nos entreter e de nos deixar completamente encantados pelo profissional responsável, irreverente e divertido que é.
A infância é um momento em que o tempo, a distância e a realidade são fatores irrisórios. E o nosso carequinha esteve presente em nossas vidas desde aí, com um personagem maluco e assustador, mas incrivelmente cativante: O Professor Tibúrcio. Um carinho e uma saudade me envolvem quando lembro do Rá-Tim-Bum. É como se parte da minha memória tivesse guardado tudo aquilo para me fazer lembrar de uma época em que fui realmente feliz. Aprendi muito com aquelas aulas na TV Cultura. O maior orgulho que sinto é de ter sido baixinha do Tas, não da Xuxa. Sinto que parte do que eu sei e sou hoje se devem, além da formação excepcional que meus pais me deram, aos programas de qualidade a que tive acesso. Não posso me esquecer do Telekid, precursor do Google. Minha mãe foi quem sofreu cm o “Porque sim não é resposta”. Passei a cobrar mais e mais respostas que satisfizessem minha curiosidade e minha sede por conhecimento. A música de abertura do Castelo Rá-Tim-Bum até hoje é um convite para mim. Sento no sofá e assisto como se tivesse cinco anos de idade. E é sempre um momento muito bom.
Já na adolescência, o nosso engenheiro de cutucar corações não se desgrudou de mim. Com 12 anos de idade descobri o Blog do Tas. Abracei o mundo através dos textos que ele escrevia, dos comentários que ele recebia e das discussões e debates, principalmente políticos, que rolavam por lá. Hoje sou apaixonada por política – não por políticos e politicagem. Percebi que não bastava ser parte integrante da sociedade, precisava participar ativamente dela. Só não sabia como.
Eis que surge o CQC. E, de novo, Marcelo Tas me puxa pela mão, convidando-me a navegar com ele pelo “tubo infecto de elétrons”. Com o programa, as dúvidas de por onde começar a agir desapareceram. Conheci mais a fundo um país que até então eu nem sonhava que existisse. Já mais madura e consciente, foi mais fácil de entender a situação caótica da política nacional. Comecei a ler o blog com outros olhos, com outra cabeça. Passei a entender mais a necessidade de fazer a minha parte e livrar as futuras gerações de conviverem com situações tão nojentas, tão imundas, tão vergonhosas.
Não posso me esquecer do livro “Nunca antes da história deste país”, que mostra de maneira divertida e irônica as mancadas do nosso presida. Ainda sonho com o meu livro autografado (e com o desenho do Professor Tibúrcio!).
A coluna na Revista Crescer mostra a outra face do Marcelo Tas; a de pai de família. É incrível a sensibilidade, a docilidade e a sinceridade ao falar dos filhos, da esposa. Fico emocionada ao ler as peripécias desse paizão. Já na Isto É, mostra seu lado tecnológico e nos insere no contexto digital de maneira simples. Acompanhar o twitter do Tas é garantia de diversão, informação e reflexão.
Por essas e por outras que a minha admiração por Marcelo Tristão Athayde de Souza é profunda. E eterna.
Eu lhe amo e respeito demais, docinho de coco. Um grande abraço da sua fã número 1. Ou melhor, um beijo na careca do meu eterno professor.
                                 Força e fé.
                                         De sua eterna aprendiz, Sarah Dantas (@FcTasMG)

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